Vivem de stories,
escolhem corações como quem desliza no menu:
“esse aqui é bonito,
mas o da direita parece mais novo.”
Geração fast-love,
que ama em 4G,
goza em alta velocidade
e foge do download emocional.
Tem medo do “olhar nos olhos”
e pavor de vínculos estáveis.
Se apaixonar virou erro de sistema,
envolvimento, vírus.
Melhor manter o antivírus atualizado
e o coração offline.
“Se tenho tantas opções,
por que escolher uma só?”
É assim que viram colecionadores de corpos,
mas acumuladores de vazios.
Deitam com muitos,
mas dormem sozinhos.
Enquanto isso,
as pessoas que amam de verdade
vão sendo deixadas pra depois...
Como se sentir demais fosse desespero,
como se querer presença fosse carência,
como se ser intenso fosse defeito.
Mas um dia,
essa geração que vive pulando corações
vai sentir falta daquele que ficou.
Daquele que queria ficar.
E talvez descubra tarde demais
que não se encontra amor
no meio de um cardápio.
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