sexta-feira, 30 de maio de 2025

Quando tudo que restou fui eu

Acho que nunca escrevi com tanta frequência assim. Mas como costumo dizer: quanto mais triste estou, mais escrevo. E aqui estou.

Sinto como se um pedaço de mim tivesse ficado naquele apartamento. Tudo que vejo, ouço ou sinto me lembra ele.

E ao mesmo tempo, me dói pensar como ele conseguiu seguir em frente tão rápido… como se eu nunca tivesse existido.

Apesar de saber que a fila dele nunca parou de andar, me pergunto: será que alguma coisa foi real pra ele?

Eu me tornei silêncio pra não incomodar. Massageei ele pra aliviar o cansaço dele, enquanto ignorava o meu. Dei tudo de mim e, no fim… nem minha ausência parece fazer falta.

Por que sempre escolho quem não está pronto?
Por que me apaixono por homens emocionalmente indisponíveis ou com medo de amar?
Receber amor é bom, né?

Talvez a culpa também seja minha, por não saber dar um basta quando começa a doer mais que fazer bem.
Eu sou intensa, cuidadora, sou amor — amo por inteiro e sem medo de admitir.

Mas agora, não vou mais aceitar nada pela metade. Nem presenças vazias, nem migalhas de afeto.
Prometo me escolher primeiro. SEMPRE.

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